talvezoproblemasejaeu
O céu alaranjado desenhava o cenário do dia que eu disse que te amava e que você riu como se fosse aquilo fosse piada.
O céu azul coloria a manhã que você dormiu no meu peito enquanto eu pensava que tudo que eu queria era você.
Nós nos beijamos muito naquele dia da praia. Insinuamos coisas amorosas, mas você parecia tão natural, despretensiosa.
Na semana seguinte você já não era mais a mesma, mas eu ainda pedia pelo seu carinho.
Seu gosto normalizou na minha boca e seu cheiro passou despercebido. Mas você ainda dizia que me amava e também fazia carinho, mesmo sem eu pedir.
Na sexta-feira que saímos com os nossos amigos, eu não tive vontade de te exibir e só queria te ver quando você não estava por perto.
A capa do meu livro virou capítulo, pensei. Mas você ainda escrevia os meus dias e decorava tudo aquilo que eu queria.
Você era luz, mas eu cansei de ficar com os olhos abertos. Você era risada e abraço apertado, mas eu não queria seu contato. Você era carinho, intimidade, curiosidade, amizade, sinceridade. Mas eu não sabia ler as cartas de amor que você me enviou.
Então, uma noite de céu tão escuro quanto os olhos dela, eu a ouvi falar sobre amor e de repente vi a gente naquele dia de céu alaranjado.
No pôr do Sol, eu estava apaixonado por você.
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